Componho
lembranças em elegias,
que recito como
quem divaga
em outras, alheias
paragens.
_ Reflete beleza o espelho
e me encontro num
rastro de luz _
De qual alquimia
me farto?
Preenchem a mesma
terra,
o ser obreiro que
tritura a dor
e o que se deleita
em êxtase,
a embriaguez e a
sobriedade,
a agonia e a
euforia,
o diabólico e o
divino.
Ainda me pertence
a semente
protegida do vento
e do fogo,
das palavras vãs e
infames.
Ainda me pertence
a semente
no aguardo de água
e chão.
Mas o que me
segue, eu faço sombra,
mesmo que
irredutível, insistente.
Acolhe-me, morada
do sol
e ostenta flores
brotando
a delinear um novo
rumo.
Incorpora-me ao
que obrigo às margens.
Pois o que me
prende e me renasce,
o que me brinda ao
acaso,
o que me segue
pulsante,
é somente tão plena e
sentida vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário