Isolamos
a palavra maldita,
a
energia que nos põe no chão,
a
intenção que fere e circuita
e incita
o gesto vão.
Isolamos
a respiração aflita,
a
ironia na palma da mão,
perpétua
vingará a repugnância
ao que
não nos faz algum sentido.
Mentiras
lançadas com arrogância
sobre o
insignificante e o oprimido,
o que
valerá em abundância
diante do
que pode ser perdido?
Isolamos
corajosamente e com ardor
o que pensam
parecer reprimido:
a
célula preservada do amor.
Que permaneça
abrigada a semente
do que nos
preenche de vida e calor.
Cultivo
eterno, amparo abrangente
indo
contra a corrente da dor.
O bem se
espalhará incontido,
somente
nos poetas a palavra bendita.
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