O espelho
zombeteiro
todas as
manhãs
me lembra
ontens
e sonhos
tombados.
As notícias
cotidianas
me apressam.
Na
consciência de partícula efêmera,
aberta para
qualquer destino,
aflige o
peso da palavra calada
e do ensaio
em que me deixo.
Não fui feita
para a superfície de nada.
E, no
entanto, me perco, me embaraço
em buscas e
tantos rascunhos,
tentando
decifrar
a pose
distorcida
de um
retrato antigo e gasto
de mim mesma
(tão banal e
parecido com outros)
misturado à
confusão da gaveta.
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