SOBRE O AMOR (DE PERMANÊNCIAS OUTONAIS)
Que o amor se oculta se sepulta, mas não morre. Recomeça tantas vezes, todo o dia. Na contemplação dele mesmo. Permanece na história que traçamos de fato, quando não adianta o projeto esboçado com tanta empolgação. Permanece nos
atalhos que mesmo afastados do ponto projetado foram percorridos e deixamos neles
nossas pegadas, o eco do nosso riso, as lágrimas da emoção dos reencontros,a
nossa intenção de acertar. Que mesmo à
distância, o amor ainda cuida para que não se acabe. Nunca mais. O irreparável e o eterno tatuado no coração.
O irreversível, depois da chama acesa.
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