segunda-feira, 8 de junho de 2020

DE ALMA E CORPO


Te amo... Sonhando?
Que devaneio é esse que inebria
e traz até mim o teu desejo?
Na intuição ressurgida de vida
ouço teu sussurro ávido
e neutralizo qualquer negação.
Tateio o presente estampado,
dissecado, tal delicada pétala,
oferenda liberta de porquês.
Reconheço teu suor cálido
e cedo o corpo à contemplação,
o sumo da pele aspiro e destilo
o pressentimento do amor.
Concedido deleite dos deuses
despejado assim sem receios?
Que transborde nos olhos a alma
e vaze em todos os sentidos,
nos corpos despidos incandescentes,
luminescentes como círios nas noites.
Aceitemos os versos desordenados
que exorcizei ouvindo o teu silêncio



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