sexta-feira, 5 de junho de 2020

CHEIA DE LUA





Quando ela exacerba
seu fetiche dominante
em mim reverbera 
a intempestiva amante
desprovida de pudores.

Aquela que se integra
ao visgo inebriante
em inelutável entrega
consentida bacante
laçando seus mentores.

Sem delitos me obrigo
tal pecadora lasciva
desconsidero castigo
quando impulsiva  
faço-me aflita de sabores.

Repleta de lua
esfuziante me rendo.
Refletindo na alma nua
e a sábia arte retendo,
aproprio-me de clamores.

Danço e visto a fantasia.
Ardo no fulgor magnificente
da luz completa que me extasia
no ciclo divino insistente
Sol lua poesia, amores!

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