Teremos
tempo?
O que é o
tempo
senão uma
incógnita.
Quando o
desejamos extenso,
retemos
obstinados a nossa história,
numa
constância de memória.
Quiséramos
desconhecê-lo
ao olhar sem
ver.
Quem sabe
amanhã
haverá a
coragem
e o
defrontaremos sem reservas.
Ora tentamos
segurá-lo
implorando o
eterno,
ora pensamos
apressá-lo,
quando ele
impiedoso
lateja os
minutos,
na nossa
ânsia de chegar.
Teremos
tempo?
O que é o
tempo,
senão uma
sucessão
de placentas
se rompendo,
marcando
assim sua continuidade,
num paradoxo
entre a dor e a beleza.
O
imprevisível, o inesperado,
o
indeterminado, o abstrato.
No entanto
gera querência
esse mágico
tempo,
urge de
vida.
Simples
concessão dos deuses.
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