terça-feira, 9 de junho de 2020

CONTENDA



                              Onde estás?                                
Mesmo que eu nunca
tenha essa resposta
e me alimente
somente do que eu penso,
ainda vejo teus olhos tristes.
Na minha pretensão,
que eu possa socorrê-los.
E ao te ver sorrindo
projetá-los  salvos,
quem dera fosse
ao meu lado, penso.
E se hoje eu choro
na minha inutilidade,
que seja um sonho
esquecido ao amanhecer,
pois te desejo esse direito,
o de ser feliz...
Não importa que eu esgote
essa minha insistência
até cansar. Até a esperança
de viver o amor cessar.
E mesmo que vejas meu pranto,
és livre para amar, sempre...
Não espero salvação agora.
O dia nascerá absoluto
e esperarei minha sobriedade.
Tenho fome da tua presença
e rejeito outro socorro
que não seja o teu ombro.
Inexisto, desafio a mim mesma.
Sem ti, nada sei do resto.
Somente a minha inadequação
denuncia tua completude em mim

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