Há
o amor
No
arrojo extremado
do
sentir simplesmente
em
palavras derramado
compulsivamente
No
sonho incontido
no
gesto impulsivo
no
sorriso amanhecido
no
calor explosivo
Há
o amor
Na
palavra cultivada
nos
instantes ousados
na
semente arada
que
regamos extasiados
e
contemplamos silentes
atados,
a frutificação
concebendo
prementes
o
que é agonia e benção
Há
o amor
Nas
noites indormidas
no
afligimento obstinado
nas
memórias vividas
de
frenesi desatinado
no
cuidado, no lavrar
de
densos instantes
vindouros,
a deslumbrar
paixão
e paz constantes
Há
o amor
Onde
não há explicação
nem
juras, nem sentido
onde há inspiração
e no poemas refletido
Amor
é isso me dizes
e
eu te digo, é só uma parte
das
possíveis matizes
do
que tecemos com arte
Porque há apenas ...
No pertencimento
no faro, nas cantilenas
no vital acometimento
Por que é aceitação
deleite, sublimação
desassossego, doação
vertigem, motivação
Alquimia, hipnose
elevação, osmose
alimento, metamorfose
intenção, simbiose
Por isso dá graças
à existência que te consente
acolher nas andanças
a vez de um amor veemente
Porque há o amor
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