Há
instantes em que esmoreço
e
todo esforço se faz necessário
para
que eu esqueça que conheço
o
caminho da sombra, o calvário.
Há
instantes em que eu me perco
pelo
retorno às tristes lembranças
que
me prendem como um cerco
Onde
me obscurecem as mudanças.
Há
instantes em que repagino
cada
passo, ação, atitude, reação
E vasculho
dentro o que imagino
que
possa me dar socorro, a salvação.
Ausência
de fórmulas, nem as assertivas,
as utilizadas,
as que em algum momento
serviram
confortantes e quase paliativas
e anestesiaram,
anuviaram o sofrimento.
Olho
a minha volta e tudo segue igual.
Absorvo
a fome do mundo e a retenho.
A
injustiça escancarada, consensual,
normalidade.
Também me abstenho?
Há
instantes de luz quando me ergo
e busco
argumento contra a paresia.
Tudo
macero, assimilo o que enxergo
e recorro
à carta na manga, à poesia .
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